11 de jun. de 2012

‘Troquei a ficção pela realidade’, diz Sandra A.

Apresentadora e editora-executiva do "Jornal hoje", Sandra Annenberg ainda comanda o "Globo cidadania" desde o início do mês. Casada com o também jornalista Ernesto Paglia e mãe de Elisa, de 8 anos, Sandra é a entrevistada desta semana do "Você entrevista".

Como anda a sua rotina?
A vida anda bem corrida! Levanto às 6h, deixo minha filha na escola, chego à redação às 8h, apresento a primeira edição do "Globo notícia", às 10h30m, e foco no "JH". Gravo o "Globo cidadania" à tarde.

Sandra, o telejornalismo mudou nos últimos anos?
Acredito que sim. Sou de uma geração que os apresentadores eram leitores de notícia. Hoje escrevemos nosso texto e participamos do fechamento. E, com a internet, temos que ser mais rápidos e mais precisos!



Como é o processo de criação da pauta e das matérias a serem exibidas?
O mais difícil é escolher o que não vai ao ar. Lidamos com um tempo muito curto. É preciso deixar de fora algumas coisas boas. Pensamos no que o público gostaria de ver.

Você gostaria de entrevistar alguma pessoa em especial?
São tantas! Quem me vem à cabeça agora é o arquiteto Oscar Niemeyer! Adoraria saber detalhes de seus 104 anos, é muita história pra contar!

Como foi virar hit na internet com "Que deselegante"?
Hoje acho divertido, mas na hora fiquei assustada com a dimensão que tudo tomou. Virou um bordão contra o desrespeito!

O que a maternidade mudou em sua vida?
Mudou completamente a minha vida! Uma pessoinha depende de mim. Tudo o que faço, é pensando nela.

O que acharia se sua filha seguisse sua profissão?
Gosto tanto da minha profissão que não veria problema. Só acho que ser jornalista é sacrificante: não tem feriado, fim de semana, nem horário fixo.

Qual foi a melhor e pior notícia que você já deu no ar?
A melhor ainda está por vir... Mas a cada descoberta da cura de uma doença, fico feliz! As piores são as tragédias familiares.

Você sofreu preconceito por ter sido moça do tempo?
Nunca, imagina! Fui a primeira moça do tempo do "Jornal Nacional", desbravei este caminho.

Por que trocou a profissão de atriz pelo jornalismo?
Minha primeira opção era jornalismo. A vida foi me levando, fiz comerciais e, quando me dei conta, estava atuando. Mas resolvi voltar ao projeto original. Troquei ficção por realidade.

Você já declarou que seu sonho era fazer cinema. Ainda tem essa vontade?
Fazer cinema sempre foi o maior sonho da minha vida! Não sei se vou conseguir realizá-lo, quem sabe um dia...

O que aprendeu como correspondente internacional?
Não é fácil. A língua é uma dificuldade, mas o pior é que a gente não tem o mesmo tratamento que aqui. Por outro lado, tem tanto aprendizado, que voltamos com outro olhar, mais maduros. Voltei morrendo de saudade da minha terrinha, mas repetiria a dose.

Quando está de folga, você consegue se desligar totalmente das notícias?
Quase totalmente (risos)! Sempre fica uma pontinha antenada, né?

Fonte: Extra


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